Motoboys


De onde surgiram? 

"Fazia mais frio do que o comum, na já normalmente fria Londres, durante o inverno de 1918/1919. Apesar disso, as ruas estavam cheias de jovens sorridentes e desempregados. A contradição se justifica pelo fato de que a 1ª Grande Guerra havia  recém acabado e estar vivo e de volta ao lar, já era motivo para comemorar.
Outra coisa que não faltava era equipamento militar, que havia sido produzido em quantidades colossais durante o conflito. Finda a guerra, era preciso achar alguma utilidade para o equipamento acedente.
Entre os desempregados, estavam alguns ex-membros do corpo de sinaleiros reais, uma das mais respeitadas divisões do exército britânico até hoje(estão entre as primeiras tropas a entrar em ação afim de prover suporte às comunicações e sistemas de informação.
Sem muitas opções, alguns destes sinaleiros que haviam atuado como "despatch riders"(pilotos de mensageiros), viram uma oportunidade nas  comunicações precárias e no transito já caótico de Londres (movia-se a uma velocidade média de 13km/h).
Então compraram do exército algumas motocicletas usadas durante a guerra e criaram o serviço de "motorcycle courier"(motoboy, motofrete).
Desde então, esses soldados do trânsito vem se espalhando pelas grandes cidades,  enfrentando as batalhas do dia-à-dia e a guerra por espaço nas ruas, com igual coragem e determinação com os quais os Sinaleiros Reais enfrentaram as balas da 1ª Guerra. É uma luta que não se faz sem vítimas, porem, por objetivos bem mais nobres que os que deram início a maioria das guerras: a obtenção do próprio sustento sendo útil a sociedade(prestando um serviço); por exemplo, quando ajuda na diminuição do tráfego, leva com rapidez e agilidade produtos de primeira necessidade como remédios, exames médicos, comida, ou ainda informações e documentos que dão mobilidade ao progresso e impulsionam a economia. Tudo isso sem condecorações nem salva de tiros nos funerais e na maioria das vezes, pelo mesmo motivo pelo qual tudo começou: desemprego e falta de opções. Ainda assim, eles venceram e proliferaram, a ponto de serem cada vez mais, mecanismos indispensáveis à sobrevivência e mobilidade da sociedade moderna e à construção do progresso de nossa civilização." 

                                A Utilização das Motos no Meio Militar

Policia fazia demonstrações para mostrar as abilidades dos policiais motoqueiros






Mais uma vida que se vai pela imprudência alheia 

   No dia 24 de setembro por volta das 22 horas, dois carros faziam um racha na rodovia SC 406 no bairro Rio Vermelho em Florianópolis, e num ato de total imprudência e desrespeito à própria vida e a vida alheia,  o cidadão que dirigia um dos carros resolveu fazer uma ultrapassagem em uma curva fechada sem visão alguma do trânsito que vinha contrário à ele. Neste local a pista é cercada por arvores, que impedem o motorista de enxergar o que vem adiante. Por este motivo no local existem duas lombadas eletrônicas que marcam velocidade máxima de 60Km por hora. Infelizmente neste dia elas estavam desativadas, pois se estivessem ativas, nosso querido amigo Elton, ainda estaria conosco. Com 26 anos de idade e sua esposa grávida, Eltom voltava da casa de sua mãe que mora no bairro Tapéra. Indo em direção ao bairro Rio Vermelho, Eltom se deparou com um carro na contra mão em plena curva à altíssima velocidade, que pode ser constatada ao se observar o estrago feito no carro. Com o impacto toda a lateral do carro foi destruída e a vida de Eltom ceifada, sua esposa foi levada ao Hospital Celso Ramos em estado gravíssimo, onde permanece até hoje. Ela perdeu o bebê e corre risco de amputação em uma das pernas.
   Neste sábado dia 29 de outubro, um grupo de motociclistas se reuniu para fazer uma passeata em homenagem ao Eltom e à todas as vítimas de acidente de trânsito. Com suporte da Polícia Rodoviária Militar, da AMO FLORIPA(Associação dos Motociclistas da Grande Florianópolis), do nosso amigo Guina(moto repórter da Band),  da Floripa Express empresa onde Eltom trabalhava como motoboy e deste Blog. A passeata teve início na sede da AMO FlORIPA no centro de Florianópolis e seguiu até o local do acidente, onde foi realizada uma manifestação pacífica para reivindicar mais fiscalização, radares e policiamento efetivo na região.

                       Homenagem ao Eltom